

ATO IV:
OS SÍMBOLOS
Os logos, como marcas da identidade do Instituto Butantan, passaram por diversas transformações e modificações ao longo do tempo.


A primeira identidade visual representa os primeiros anos de existência, quando o Instituto Butantan ainda era denominado Instituto Serumtherapico.

Fortemente ligada a Ofiologia, que é o estudo das serpentes, atividade que marcou e deu notoriedade ao Instituto, o símbolo era uma muçurana (Clelia clelia) comendo uma jararaca (Bothrops jararaca).
Na ilustração abaixo, produzida por Augusto Esteves
em 1938, vemos a representação dessas duas espécies.
Acervo Instituto Butantan/Centro de Memória
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Nesse logo está representada a dualidade mitológica da serpente que, ao mesmo tempo que pode ser vista como a causadora dos problemas, é também a cura, pois é de seu veneno que se produz o soro. Esse aspecto é a principal preocupação de Vital Brazil, que tinha como objetivo convencer a população da eficácia da utilização do soro em casos de acidentes.
O segundo logo, que passou a representar o Instituto logo após a mudança para o nome atual, pode ser considerado o mais característico do Butantan. Além de permanecer durante muitos anos, serviu também de base para todas as propostas de logotipos posteriores, e ainda hoje adorna os vitrais do Edifício Vital Brazil, onde fica também a biblioteca do Instituto.


A atual logomarca foi escolhida por meio de um concurso público, no qual os participantes enviaram seus desenhos e a arte vencedora deu origem ao logo utilizado até hoje pelo Instituto. A sinuosidade se refere ao ofidismo, que marca a identidade e notoriedade do Instituto.
Durante um curto período, entre o segundo e o atual logotipo, foi utilizado um logo que trouxe consigo linhas mais contemporâneas, inspiradas no logo anterior mas trazendo um aspecto minimalista em sua composição.

Ocorreu, em abril de 1984, no auditório do Museu Biológico, a Solenidade de Premiação e inauguração de exposição do Concurso Símbolo Gráfico para Instituto Butantan.
Na mesma ocasião, foi inaugurado uma exposição que no período de dez dias (24/04 a 03/05/1984), mostrou os trabalhos vencedores e os demais concorrentes do referido concurso. De acordo com o regulamento, a comissão julgadora foi composta por: Dr. Willy Beçak, Diretor Técnico do Instituto Butantan à época; Prof. Henrique Moisés Canter, Diretor Substituto da Divisão de Extensão Cultural à época; Luiz Fernando Costa, Jornalista da Divisão de Extensão Cultural à época; Leo Burnnet; Prof. Júlio Plaza, Depart. De Artes Plásticas ECA/USP.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 24/04/1984, p. 49; Regulamento do Concurso, p.1, cx 1387.
Além disso, os logos comemorativos também fizeram parte dessa trajetória, como é o caso dos logos de 90 anos, 100 anos, 120 anos e o mais recente, de 122 anos.

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O que faz os símbolos do Butantan serem tão marcantes
É A TRADIÇÃO EM TRAZER REFERÊNCIAS às serpentes.
Desde a sua fundação, esses animais são diretamente associados ao Instituto. Ao longo dessa trajetória, muitos artistas passaram por aqui representando as serpentes a sua própria maneira, para fins didáticos, artísticos ou ilustrativos. Confira algumas obras e clique nas imagens para saber mais informações:
Além da ofiologia, o Instituto se aprofunda em diferentes áreas científicas a fim de seguir contribuindo para a saúde pública, tanto na produção e distribuição de imunobiológicos, quanto na pesquisa, educação e cultura. Conheça, no próximo ato, os principais centros de pesquisa do Instituto Butantan.