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Ampolas de soro antigas. Há três emabalagens representadas, a imagem é em preto e branco. As caixas são pequenas e retangulares, em madeira, e as ampolas de soro eram de vidro, com a ponta mais fina.

ATO IiI:
A CRISE DO SORO

Na primeira metade do século XX o Instituto Butantan, já consolidado como centro de pesquisa, passa a ser reconhecido também por ter uma das principais coleções de animais venenosos do mundo - serpentes, aranhas e escorpiões -, um museu referência de animais vivos e uma das principais bibliotecas científicas de São Paulo.

 

Ao final dos anos 70, o Brasil passava pelo fim da ditadura militar. Em 1973, foi criado o Programa Nacional de Imunizações, o PNI. Com maior rigidez nas avaliações de qualidade e controle na produção dos imunobiológicos, a entrada de produtores privados foi desestimulada.  

Com a alta demanda interna e a ausência desses produtores, na década de 1980 o Instituto Butantan passa por um período de crise na área de produção no que diz respeito à qualidade, e que refletiu na distribuição dos soros. Essa fase ficou conhecida como a “crise do soro”, e gerou repercussão nacional.

Recorte de jornal com reportagem sobre a crise do soro. O título da manchete é: "Falta de verbas limita a produção do I. Butantã"
Recorte de jornal com reportagem sobre a crise do soro. O título da manchete é: "Masp prepara exposição para ajudar o Butantã"
Recorte de jornal com reportagem sobre a crise do soro. O título da manchete é: "A necessidade de restaurar os Institutos"
Recorte de jornal com reportagem sobre a crise do soro. O título da manchete é: "Uma campanha para salvar o Butantã"

Recortes de jornal. 1980-1989. Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde: Instituto Butantan. 

Acervo Museu de Saúde Pública Emílio Ribas / Instituto Butantan.

Após trocas de diretoria, a criação da Fundação Butantan e uma série de mobilizações populares,

o Governo Federal investiu no Instituto.

Logotipo da Fundação Butantan

A Fundação Butantan é uma entidade civil, com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em 31 de maio de 1989 para apoiar

o Instituto Butantan.

Recortes de jornal com reportagens sobre as medidas tomadas pelo governo diante da crise do soro. O título das manchetes são: "Saúde libera Cz$ 8 milhões ao Butantã para a produção de soro antiofídico" e "Governo dá 8 milhões ao Butantã".

Recortes de jornal. 1980-1989. Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde: Instituto Butantan. 

Acervo Museu de Saúde Pública Emílio Ribas / Instituto Butantan.

O orçamento foi destinado às reformas necessárias para as melhorias e o alcance a nível nacional dos soros, com baixo custo de produção, garantindo a continuidade

da distribuição gratuita.

Evolução das embalagens das ampolas de soro

Inicialmente, as ampolas de soro eram produzidas na marcenaria do próprio Instituto Butantan. 

O vidro que continha o soro não tinha lacre, portanto, era preciso quebrar a ponta do vidro para retirar

o soro com a seringa - também de vidro - e aplicá-lo no doente.

Antiga ampola de soro: caixa de madeira comprida e retangular, e ampola de soro à esquerda, em vidro, etiquetada.
Outro ângulo da antiga caixa de soro, com a ampola à direita em posição vertical.
Outro tipo de caixa da ampola de soro, dessa vez cilíndrica, ainda em madeira. Há uma pequena ampola do lado esquerdo, em vidro e etiquetada.
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